As situações nem sempre foram iguais para todas as pessoas descendentes
das que vieram da África para o Brasil. Sabemos que esta vinda foi
consequente do comércio de pessoas. Naquele tempo era permitido e
ganhava-se muito dinheiro. Traficar pessoas foi por um bom tempo
legalizado pelos governantes e pela igreja dominante da época.Foi uma
situação imposta e institucionalizada pelos europeus, do tempo das
colônias e referendada pela igreja Católica, embasada na consideração errônea
de referências na Bíblia Sagrada à descendência de Cã, filho de
Noé.Mas, com o tempo a sociedade brasileira foi se modificando e pessoas
de pele escura podiam se alforriar e de um jeito ou de outro ter seu
canto, dentro de um matão ou fugir em grupos e formar quilombos.Nesses
novos espaços podiam dedicar-se a cultura de seus antepassados e hábitos
aprendidos na convivência senzalar, como praticar danças e músicas
como o lundum (lundu) e ficarem alegres e comemorar. Rugendas gostava
muito de descrever, em seus quadros, lances da conduta dessas pessoas.
Estes sons e movimentos sobrevivem até os dias atuais.
Maria das Graças Pereira Nunes
Imagens: google.com
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