"A empregada do jovem senhor Jacob Dunel era um poço de bondade e bom humor. Sempre sorridente.Ele a amava, como uma irmã e mãe....jamais faria dela sua amante.Sentia-se admirado por ela, que estava muito bem como sua serva assalariada.Talvez se a mudasse de status, perdesse seus bons serviços e sua disponibilidade pessoal. Isto era muito mais importante para ele, na sua casa...Além disto nunca via no seu rosto moreno escuro, em seu sorriso sereno, seu olhar amigo, sua postura sóbria, brecha alguma para levá-la a sua cama. Para sua cama ela era apenas importante para esticar o lençol, afofar, embelezar , para que tivesse bom sono. Nada mais. Mulher tinha lá; fora de sua casa. A mais rica, linda e jovem que escolhesse. Como Josélia Bittencourt, um lance amoroso de sua vida, que gostaria de esquecer e não podia..Como enfiar outra mulher em sua dor. Não de forma nem qualidade. Nada disso.Assunto encerrado. Outros pensamentos.....do contrário teria de mandá-la embora e isto seria doloroso demais para ela e muito mais doloroso para ele. Nem pensar...sua vida funcional viraria a bagunça que era antes de Malva Garret....Uma santa que deveria ser apenas adorada de longe...."
Collet Zolah. In a empregada de Jacob Dunel
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