Lembro da casa de minha tia, lá no subúrbio ferroviário do jeito que era , no tempo que não tinha
Avenida Suburbana, íamos para o subúrbio de trem Quando eu ainda menina, passava as férias com meus primos, naquela casa, tão bonita e aconchegante, por dentro.Casa de corredor. Modelo colonial proletário.Três janelas e uma porta de duas bandas de frente.Quatro quartos davam a porta para o corredor, um deles, o primeiro era a sala de visita. O segundo era de titia e tio Teodosio o terceiro da filha deles, o quarto dos dois meninos . O corredor chegava na sala de jantar e se misturava com ela, depois seguia para a varanda dos fundos recebendo aporta da cozinha e a porta dos dois banheiros.Ai já havia deixado de ser corredor e era uma varandinha de piso esverdeado tão gostosa com uma mesa bem antiga, coberta com uma toalha de quadros, caprichos de titia. Dessa varanda avistávamos todo o quintal onde ficavam nossas hortinhas, um milharal, coqueiros e muitas plantas de flores, uma casinha de madeira, com telhado de duas águas janelinha e porta: a casa das galinhas. Titia criava muitas galinhas..Não nos faltava ovos de quintal no café da manhã, em sua casa. Neste quintal, tinha também, próximas a casa, quatro hortinhas cercadinhas. Quatro, porque uma era a minha.Mesmo morando distante deles, meus primos, hoje idosos e distanciados, carinhosamente me incluíam em tudo deles, me tinham sempre presentes.Eu tinha uma horta, sem nunca ter plantado nada.Eu sempre estava presente em seus coraçõezinhos de criança e eles sempre presentes no meu coraçãozinho.Eu considerava tudo na mesma medida, multiplicando por três.Cresceram eu cresci e tudo mudou. Um deles, o mais novo, não está mais entre os viventes.Completou sua jornada nesta existência. Os outros dois ainda vivem. Sim, o tempo passa, tudo muda. Mas as, as memórias ficam presentes, causando emoções.Doces emoções. Doces lembranças Um tempo muito bom. Doce saudade.Verdadeira gratidão.
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