D. Dió era uma senhora cheia de superstições. No tempo dela, as casas não tinham água encanada, não havia saneamento hidraulico, até mesmo em bairros, assim e assim. Sempre tinha que ter uma fonte (poço) de água, nas casas ou uma por perto e tinha de ter alguém para carregar esta água e trazer para casa. D. Dió morava em uma avenida de casas que ficava acima da fonte. Todos, que residiam ali desciam, para carregar água na fonte, lavar roupas na fonte e havia também um riacho.Ela também ia , com uma lata de metal, carregar o precioso líquido,para abastecer a casa onde morava, com sua filha e genro. Certo dia esta mulher, desceu a fonte e voltou transtornada, dizia: tem alguém montado aqui nas minhas costas. Não se via nada, não tinha ninguém.Sua filha, uma pessoa muito fria e que não considerava muito,como realidade, o que a mãe dizia ,disse: "mãe, a senhora tá sentindo isto, porque deve ter pegado a lata de mal jeito". D. Dió estancou da aflição que estava e consertou o corpo e, como se despertasse de algo, se sentou. A filha, trouxe-lhe água:"beba mãe e deixe de agonia" . A senhora bebeu a água e ficou quieta. Talvez porque, chamada a realidade desmontou quem montava nela. Sempre temos impressões. As vezes não temos força e energia para administrá-las. Precisamos de outro, que ajude-nos a abrir os olhos de nossa alma.A observadora ficou impressionada e nunca esqueceu desta história. Até hoje, ainda tem, nitidamente, todas lembranças.....
Collete Zolah.
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