sexta-feira, 3 de julho de 2020

Uma simples oração, para voar.

Lembro de algo muito interessante. Mas, isto me lembra o poder da oração. Certa vez eu estava indo para o trabalho. Era manhã. Estava quente. O ônibus estava lotado, superlotado. Havia ficado assim , no percurso.Eu estava muito agoniada. Queria que esvaziasse, que chegasse a hora daquelas pessoas terem que descer do veículo, queria que as pessoas descessem, que o carro ficasse mais vazio.Nesse ínterim, uma jovem mulher apareceu com um bebê e foi-lhe dado um lugar. Alguém, cortesmente, se levantou, para que ele sentasse. Ela sentou e o bebê que estava silencioso, começou a chorar e eu passei a prestar atenção no choro da criança. distraí-me da minha angústia, naquele veículo em movimento, carregado e passei a prestar atenção naquele choro. Lembrei-me de um artigo que havia lido fazia um tempo, que falava sobre perceber o choro do bebê.

Era um artigo para  as mães. Nunca engravidei, nem pari. Mas, sempre me preocupei com as crianças e em um período estudei muito sobre bebês e crianças. Então, pesquisava muito. Por isto li o referido artigo. Neste artigo a abordagem era o que poderia afligir um bebê e fazê-lo chorar de diversas formas, conforme a aflição em que estivesse. O bebê chorava por sentimento de desconforto. Aquele bebê do coletivo, viajando naquele momento comigo ali; sentia o que. Procurei vê-lo.Estava no colo de sua mãe. O carro muito cheio, não via direito. Ele não parecia desconfortável fisicamente. Mas, chorava e cada vez mais desesperadamente. Não era mais  a situação do carro que me afligia.Era o desespero, a angústia daquela criança.  Eu não podia sair de onde estava,mas solicitei  uma abertura para falar com a mãe da criança.

-Está dodói?

Ela respondeu negativamente e acrescentou :ele chora assim sempre que quer.... E não me pareceu querer conversar mais.

Voltei para mim mesmo. O desespero continuou e eu senti algo de muito ruim, forte que afligia aquele bebê. Então, ele sempre chorava assim. Por que? O choro me comovia. eu sentia que era um sofrimento e me veio a ideia de molestamento.Sim, bebês são molestados. Eu sentia que algo estava aborrecendo Queria que ele parasse. Estava em grande desespero.Ele poderia adoecer por tanto chorar.O que fazer. Iniciei uma conversa com Deus, Jeová.Apresentei o bebê, aquele que estava ali, no colo de sua mãe, viajando conosco, naquele carro  numa estrada brasileira, a BR324.Aquele choro não era por simples capricho ele chorava sem  estar doente..Sua mãe já havia tirado quase toda sua roupa. Vi as costinhas dele. Se passava algo com ele que era muito grave. Solicitei a Jeová que o aliviasse.

 Ouvi o bebê esganiçar e me assustei. Por favor Jeová, acalme esta pequenina criatura, indefesa, que não sabe falar, está em desespero. Me perdi...Quando dei conta de mim, o carro estava já bem vazio. Já havíamos entrado em Salvador  e , lá estava o bebê relaxado, dormindo, parecia estar em paz. Graças a Deus! A mãe sorriu para mim. Certamente, era um bebê de grande sensibilidade.

Maria Nunes.

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